A contagem regressiva para o final de 2024 pode trazer as cobranças em relação ao que foi conquistado ou não neste ano. Ainda que você não tenha alcançado todas as suas metas, o mais importante é analisar o seu comportamento financeiro ao longo do período para valorizar e celebrar os principais aprendizados e avanços dentro do planejamento.
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Mila Gaudencio, educadora financeira e consultora do Will Bank, comenta que, na prática, imprevistos podem acontecer e provocar mudanças de rota ao longo desse período. Desenhar o cenário ideal no início de cada ano ajuda a traçar um planejamento macro para as finanças, mas é crucial estar aberto a criação de planos A, B e C.
Para a especialista, o sucesso não significa apenas atingir grandes objetivos. Ela destaca que esse sentimento de frustração ao enfrentar metas não alcançadas é algo comum nas pessoas, mas pode afetar negativamente a relação com o dinheiro e consigo mesmo. “Comparar sua vida com a dos demais aumenta a autocobrança e a sensação de não ser bom o suficiente. Pense no que você já quis no passado e conseguiu alcançar hoje. Valorizar essa trajetória ajuda a reconhecer e celebrar as pequenas conquistas do dia a dia”, explica.
Gaudencio mostra ainda algumas reflexões importantes para reconhecer os aprendizados de 2024 e se preparar melhor para lidar com seu dinheiro em 2025. Confira:
Foi possível construir uma reserva financeira?
Talvez a meta de construir a reserva de dinheiro o ideal não tenha acontecido por completo ou você tenha encontrado certas dificuldades nesse processo. No entanto, se o pontapé inicial foi dado, isso permitiu a formação de uma quantia para lidar com eventuais imprevistos, servindo ainda como base para uma reserva maior no futuro.
De acordo com a pesquisa de Dismorfia Financeira do will bank, 90% dos brasileiros não conseguem comprar tudo o que precisam e não contam com reservas que permitam fazer planos e pensar no futuro.
Para o ano que vem, a educadora financeira explica que é fundamental refletir sobre possíveis gastos não essenciais que podem ser repensados ao longo de 2025, o que contribuirá para aumentar os valores poupados. Ao adotar essa prática, é possível direcionar recursos para a construção de uma reserva. Estabelecer pequenas metas nesse processo é uma estratégia eficaz para manter o comprometimento com o objetivo maior.
As dívidas foram quitadas?
Se a meta inicial era zerar as dívidas em 2024 e a realidade trouxe novas prioridades, reduzir o saldo, renegociar prazos ou manter o pagamento das parcelas em dia merece ser motivo de orgulho. Cada avanço representa um passo importante para reequilibrar a organização do seu dinheiro e precisa ser valorizado.
“Para o próximo ciclo, é recomendável mapear as principais dívidas ativas com um olhar voltado à priorização. Assim, em 2025, os esforços poderão ser direcionados às pendências mais urgentes ou críticas, evitando o acúmulo de juros”, aconselha Gaudencio.
Começar a investir deu certo?
Esse é um passo desafiador, especialmente quando nem sempre há uma quantia significativa disponível para esse objetivo. Caso não tenha sido possível investir neste ano, a consultora reforça que, mesmo valores menores ou aplicados de forma pontual, também representam avanços.
“Qualquer pequeno investimento que foi possível fazer em 2024 já simboliza uma semente plantada – afinal, o importante é continuar olhando para o futuro, mesmo que de forma gradual”, destaca.
Analisar seu comportamento financeiro ajuda a ter novos hábitos e uma organização mais assertiva em 2025. Além disso, vale lembrar que as metas devem servir como referência, fazendo com que as ações tomadas diante dos cenários reais definam, de fato, o saldo do ano.
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Fonte: E-investidor
