A prefeitura de São Paulo confirmou que irá reajustar a tarifa de ônibus em 2025, depois de cinco anos sem aumento no preço da passagem. A partir do dia 6 de janeiro, o paulistano pagará R$ 5 por uma viagem de ônibus na capital paulista.
O reajuste será de 13,6%. Atualmente, o preço da passagem de ônibus na maior cidade do Brasil é R$ 4,40.
O novo valor foi apresentado pela SPTrans, empresa responsável pela administração do transporte público municipal, durante a reunião do Conselho Municipal de Trânsito e Transporte (CMTT), nesta quinta-feira (26).
O valor da nova tarifa de ônibus será encaminhado à Câmara Municipal de São Paulo. Todas as gratuidades em vigor serão mantidas, assim como a integração entre até quatro ônibus no período de três horas.
Mais cedo, o superintendente da SPTrans, Andréa Compri, já havia adiantado que o valor mínimo que seria cobrado dos paulistanos no ano que vem era de R$ 5. Segundo ele, o valor máximo seria de R$ 5,20 (alta de 18,2%). Ao fim e ao cabo, prevaleceu o aumento mínimo.
Custo aumentou
De acordo com a SPTrans, uma das justificativas para o aumento é a elevação dos custos do sistema de transporte na cidade – que era de R$ 8,7 bilhões em 2019 e, em 2024, chegou a R$ 11,3 bilhões.
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“Para se ter uma ideia, o diesel deu 57% de reajuste, enquanto a inflação geral desse período deu 33% de reajuste”, afirmou Andrea.
Ainda segundo os cálculos da prefeitura, havia 52% de passageiros pagantes em 2019, ante 23% de gratuidades e 25% de ônibus sem acréscimo tarifário. Em 2024, esses percentuais passaram para 50%, 28% e 22%, respectivamente.
A receita tarifária, em 2019, era de R$ 5,5 bilhões. Neste ano, recuou para R$ 4,6 bilhões. Atualmente, o custo total do sistema de transporte ultrapassa R$ 1 milhão por mês.
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Tarifa congelada desde 2020
A tarifa dos ônibus na capital paulista está congelada em R$ 4,40 desde janeiro de 2020 – o último reajuste foi feito na gestão do ex-prefeito Bruno Covas (PSDB). Nesse período, a inflação acumulada foi de cerca de 32%.
“Não chegaremos sequer a recuperar a inflação, mas o reajuste pode ser inevitável para manter o equilíbrio dos serviços e das demais áreas da gestão”, afirmou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), em declaração recente.
Fonte: Infomoney