O sexagenário Porsche 911 se rende à eletrificação. A versão GTS 2026 chega ao mercado brasileiro com o sistema T-Hybrid, que é diferente do oferecido em outros modelos híbridos da montadora.
A marca alemã priorizou o aumento do desempenho de seu carro mais icônico, mas sem que isso elevasse o consumo de gasolina e, por consequência, a emissão de poluentes. A solução veio acoplada à caixa de transmissão.
O motor elétrico instalado junto ao câmbio de dupla embreagem e oito marchas rende 54 cv. Quando combinado ao 3.6 biturbo, a potência chega a 541 cv, de acordo com a Porsche. Os dados divulgados pela fabricante indicam aceleração do zero aos 100 km/h em 3s, com velocidade máxima de 312 km/h.
Mas o 911 eletrificado não roda sem queimar combustível. O sistema, que ainda traz um turbo eletrônico capaz de eliminar o “lag” (atraso nas acelerações e retomadas devido ao tempo de pressurização da turbina), sempre trabalha em conjunto com a gasolina.
É bem diferente, por exemplo, da tecnologia híbrida do tipo plug-in do Porsche Panamera (a partir de R$ 850 mil), que permite recargas na tomada e tem autonomia estimada em até 100 km no modo elétrico.
Cautelosa, a Porsche optou por um conjunto mais leve para preservar as características do 911, modelo que está em linha desde 1964. A chegada do novo GTS T-Hybrid, que custa R$ 1,18 milhão, marca a estreia da linha 992.2, uma evolução da oitava geração do esportivo.
Há mudanças de estilo nas lanternas e nos para-choques, mas nada muito diferente do modelo lançado em 2019. Os maiores avanços são técnicos, como a suspensão com amortecedores que corrigem as oscilações da carroceria em milésimos de segundo.
Outra novidade é o câmbio manual de seis marchas disponível como item de série na versão Carrera T (a partir de R$ 980 mil). Além da caixa de marchas raiz, essa opção traz vidros menos espessos e ronco mais encorpado. Seu motor 3.0 boxer turbo tem 394 cv de potência, segundo os dados divulgados pela Porsche.
Fonte: Folha de S. Paulo