O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que a economia brasileira vive um “mau momento” com a alta dos juros e destacou o consignado CLT como uma das soluções para que os trabalhadores tenham acesso a crédito barato.
Segundo ele, o empréstimo já liberou cerca de R$ 10 bilhões aos profissionais que fizeram o pedido, chamado por ele de “um direito do trabalhador”.”A gente precisa conduzir a economia para o fim dos juros”, disse.
Marinho pediu ainda mobilização dos trabalhadores para a redução da jornada de trabalho, o fim da escala 6×1 e que as convenções coletivas de trabalho tenham cláusula exigindo salário igual para homens e mulheres na mesma função.
Fez um apelo ainda aos empresários para que aumentem os salários dos funcionários, que considerou baixo, disse que é preciso pressionar o Congresso para aprovar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000 e afirmou aos empresários haver necessidade de olhar para os trabalhadores também como consumidores.
“Olhe o seu funcionário não somente como aquele que vai produzir para você, olhe como um consumidor também, porque se ele tiver boas condições ele vai consumir mais”, afirmou.
“É evidente que isso não será num passe de mágica, é preciso mobilização, é preciso convencimento”, disse, em relação ao fim da escala 6×1.
No mesmo evento, o ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, destacou medidas do governo Lula voltadas ao trabalhador.
“Vocês colocaram na pauta que precisa reajustar salário mínimo acima da inflação e o presidente Lula fez, vocês colocaram na pauta que precisava ter salário igual entre homens e mulheres e o presidente Lula fez, vocês colocaram na pauta que é preciso gerar emprego e o presidente Lula assim fez”, destacou Macêdo, pouco depois de falar que ele, Marinho e a ministra Cida Gonçalves (Mulheres) estavam representando o presidente.
Antes, aos jornalistas, Macêdo havia minimizado a ausência de Lula dizendo que o governante recebeu as centrais sindicais nesta terça (29), que lhe entregaram uma extensa pauta.
Fonte: Folha de S. Paulo