
O cálculo do custo unitário das ações é obrigatório para o investidor de renda variável na hora de declarar o Imposto de Renda 2025, cujo prazo termina nesta sexta-feira (30) às 23h59. Alice Porto, especialista e criadora da página Contadora de Bolsa, explica que este cálculo deve ser feito usando a média aritmética ponderada e não a média comum.
Se você comprou um ativo uma única vez, o cálculo do custo unitário é mais simples: valor total dividido pela quantidade de ações compradas. “No momento em que você dá a ordem de compra é possível ver o valor unitário de cada unidade”, explica Alice Porto.
Mas e quando você compra o mesmo ativo em ocasiões diferentes, por um outro valor? Primeiro, reserve o total desembolsado na primeira compra do ativo, bem como a quantidade de ações.
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Se você comprou o mesmo ativo uma segunda vez, por exemplo, você deverá somar os dois valores desembolsados, da primeira e da segunda compra, e dividir pela quantidade total de ações compradas na primeira e na segunda compra.
Suponha que você tenha comprado 150 ações ABDC3 por R$ 3.015 (R$ 20 cada ação e R$ 15 de taxas) e depois, mais 200 ações ABDC3 por R$ 4.515 (R$ 22,50 cada ação e R$ 15 de taxa).
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O custo unitário será calculado da seguinte forma:
R$ 3.015 + R$ 4.515 / 150 + 200 =
R$ 7.530 / 350 = 21,51
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Além disso, o ativo deverá entrar na sua declaração pelo custo de aquisição e não pela cotação atual, seja ela uma valorização ou desvalorização.
Se você errou na conta, saiba que ainda dá tempo de retificar sua declaração, ou seja, enviar uma correção à Receita Federal, sem prejuízo algum.
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Fonte: Infomoney