Os preços da alimentação no domicílio fecharam o acumulado de 2024 com inflação de 8,23%, segundo dados divulgados nesta sexta (10) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A alta veio após baixa (deflação) de 0,52% em 2023, o primeiro ano do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Os dados integram o índice oficial de inflação do Brasil, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Na média geral, o IPCA fechou o acumulado de 2024 com avanço de 4,83%.
A carestia dos alimentos no ano passado está associada, em parte, a problemas climáticos que reduziram a oferta de mercadorias, dizem analistas.
Em 2024, o Brasil amargou forte seca em diferentes regiões, além de enchentes de proporções históricas no Rio Grande do Sul.
Folha Mercado
Receba no seu email o que de mais importante acontece na economia; aberta para não assinantes.
O dólar alto foi visto como outro elemento de pressão. Além de encarecer parte dos produtos, a moeda americana em patamar elevado contribuiu para estimular as exportações de itens como as carnes.
O churrasco também teria ficado mais caro com a demanda interna aquecida pelos ganhos de renda da população e com os impactos da estiagem e das queimadas no campo.
A inflação dos alimentos tende a subir menos em 2025, mas deve seguir pressionando o bolso do brasileiro em um patamar acima da média geral do IPCA, conforme economistas consultados em reportagem da Folha.
Os preços da alimentação no domicílio tiveram disparada na pandemia, durante o governo Jair Bolsonaro (PL), com altas de 18,15% em 2020, de 8,24% em 2021 e de 13,23% em 2022. A redução de 0,52% em 2023 foi a primeira desde 2017 (-4,85%).
Fonte: Folha de S. Paulo